terça-feira, junho 24, 2008

IM - International Magazine nº 142


Esses são os destaques da edição nº 142 do jornal IM - INTERNATIONAL MAGAZINE:
  • Entrevista exclusiva com os Detonautas [foto], que falam sobre o seu quarto disco, O Retorno de Saturno. Por Elias Nogueira;

  • Tudo sobre Accelerate, o novo álbum do R.E.M.. Por Luiz Felipe Carneiro;

  • Lenny Kravitz, aliás, também está de trabalho novo: It Is Time For A Love Revolution. Por J.M. Santiago;

  • Outra entrevista exclusiva: dessa vez, com Big Gilson. O fundador da extinta Big Allanbik, fala sobre a sua carreira solo e suas aprsentações no exterior. Por Tom Neto.

E artigos meus sobre:


  • a boa trilha sonora de Shine A Light, documentário sobre os Rolling Stones:
Depois de Bob Dylan em No Direction Home (2005), é a vez dos Rolling Stones serem retratados pela lente do diretor Martin Scorsese no documentário Shine A Light. Até o fechamento dessa edição do INTERNATIONAL MAGAZINE, o filme ainda não havia entrado em cartaz nos cinemas brasileiros - a estréia foi no dia 04 de abril. A trilha sonora, no entanto, chegou às lojas, via Universal. Esse é o primeiro trabalho que os Stones editam nessa gravadora, depois de anos na EMI.

Disponível em CD duplo, Shine A Light traz o áudio das duas apresentações realizadas no Beacon Theatre, Nova York, nos dias 29 de outubro e 01 de novembro de 2006, filmadas por Scorsese para a realização da película. (...)”

  • o grupo inglês The Feeling, que encara o desafio do segundo álbum:
‘Sewn’, primeiro single de Twelve Stops And Home, de 2006, álbum de estréia do grupo inglês The Feeling, entrou direto na sétima posição do top 10 britânico. Melancólica canção pop que, sério, não constrangeria Paul McCartney (as harmonias vocais, aliás, soam bem Beatles), ‘Sewn’, mesmo não tendo obtido o êxito merecido no Brasil, ainda cometeu a façanha de ser incluída na trilha do game FIFA 07. O que acabou trazendo mais visibilidade para o álbum no Velho Continente.

Ocorre que, quando um artista alcança bons resultados em seu primeiro trabalho, é natural que exista uma expectativa extra em relação ao disco seguinte. E é nesse clima que o quinteto lança Join With Us. (...)”


  • os 50 anos que Cazuza completaria em abril de 2008, se vivo estivesse:
Se não tivesse partido tão precocemente aos 32, Cazuza teria completado 50 anos no último dia 04 de abril. E, considerando a inquietação de Agenor de Miranda Araújo Neto, é impossível estar diante dessa efeméride sem se perguntar: do ponto de vista artístico, como estaria o Exagerado hoje em dia?
Será que, a exemplo de Raul Seixas, ele teria mantido o seu laço com o rock'n'roll? Teria Cazuza aprofundado o seu envolvimento com a MPB - explicitado em ‘Um Trem Para as Estrelas’ (parceria com Gilberto Gil), ‘Codinome Beija-flor’ e a bossa ‘Faz Parte do Meu Show’? Ou flertaria com a eletrônica que esteve em voga na década de 1990 através de grupos tão diferentes entre si como Prodigy e Portishead? (...)”



Leia a íntegra dessas matérias - e muito mais - no IM - INTERNATIONAL MAGAZINE desse mês. Nas bancas.

Sobre a Seleção Brasileira

A verdade é que nenhum outro técnico que estivesse dirigindo a Seleção Brasileira no lugar de Dunga [foto] conseguiria operar grandes milagres no time. Isso porque, todos sabem, a equipe está desfalcada de dois de seus principais jogadores, Kaká e Ronaldinho Gaúcho. Isso, por si só, já representaria uma dor de cabeça e tanto para qualquer treinador.

Mas, independentemente disso, Dunga provavelmente não é o profissional talhado para essa função.

Por que digo isso? Simples. Primeiro, por uma questão de filosofia de jogo – o Brasil, por tradição, NÃO PODE jogar com três volantes. Isso não tem o menor cabimento.

Segundo, porque Dunga está lidando pessimamente com a “autoridade” que lhe foi concedida pelo cargo, batendo de frente com jogadores, clubes, etc.

Terceiro, porque, de um modo geral, ele não demonstra o equilíbrio necessário a um técnico de Seleção Brasileira para lidar com a enorme pressão exercida pela torcida e pela imprensa por bons resultados. Diante de um panorama adverso, Dunga logo se exaspera. E reage. Não há quem não tenha notado isso.

E, por último, o treinador jamais havia tido até então nenhuma experiência como técnico e... começa logo pela Seleção? Só no Brasil mesmo.

Em suma, Dunga caberia como uma luva no papel anteriormente desempenhado por Zagalo: de coordenador técnico da equipe. Tendo sido um líder enquanto jogador - isso ninguém pode negar -, ele seria perfeito para disciplinar (consta que, na Copa de 1994, ele foi escolhido para ficar justamente no quarto do Romário) e dar moral aos atletas.

Mas colocá-lo como técnico não foi uma boa idéia.

Portugal: o sonho acabou

Mesmo sem jogar mal, Portugal – que, para muitos, era uma das seleções favoritas da Eurocopa – foi desclassificado nas quartas-de-finais do torneio, ao perder por 3 a 2 para a Alemanha.

Bobagem agora dizer que os alemães foram pressionados quase o jogo inteiro; que fizeram um gol no contra-ataque; outros dois em lances bola parada – sendo que, no último, o meia Ballack, ao cabecear, claramente empurrou o zagueiro português. E que o juiz não marcou a infração.

Mas que isso tudo aconteceu, aconteceu.

Mais espantoso, contudo, foi constatar que, ao contrário do que eu imaginava [ver aqui], a atuação de Cristiano Ronaldo [foto] na Eurocopa pode ser classificada apenas como... hum, “discreta”.

Será que, tendo apenas 23 anos de idade, o meia luso sente a pressão em jogos decisivos? Ou será que o desempenho do atleta no torneio foi prejudicado por uma alegada lesão no pé (ele afirmou, inclusive, que vai aproveitar o período de férias antes do início da temporada européia para operar)?

Somente o tempo vai dizer.

***

Em tempo: depois que Portugal e Holanda (os mais prováveis finalistas do torneio) foram eliminados, não quero dar mais nenhum palpite sobre a Eurocopa. Parei.

sexta-feira, junho 06, 2008

Queen na Praia de Copacabana

Por sinal, o Queen - ou o que restou dele [no detalhe] - se apresentará na Praia de Copacabana no dia 30 de novembro desse ano.

Em 2005, o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor convidaram o vocalista Paul Rodgers (ex-Free e Bad Company) para substituir Freddie Mercury - embora o estilo de um NADA tenha a ver com o do outro.

Naquele mesmo ano, editaram a dobradinha CD/DVD Return Of The Champions, que obteve algumas críticas favoráveis. Um álbum de canções inéditas, ainda sem título definido, está programado para setembro.

O baixista John Deacon não quis participar da empreitada...

Da série ‘São Bonitas as Canções’: ‘A Kind of Magic’, do Queen


Um dia desses, vi na TV um anúncio de uma operadora de telefonia móvel que tinha como música-tema a bela “A Kind of Magic”, do Queen [no detalhe]. E isso me fez lembrar o quanto o grupo era legal. E a falta que faz a presença histriônica de Freddie Mercury.

Acabei lembrando também de uma história que me foi contada há muito, muito tempo pela minha primeira professora de violão, a querida D. Néa.

Na década de 1970, ela, mãe de duas adolescentes, observou que a filha mais velha, após voltar de escola, passava praticamente a tarde inteira ouvindo música. E sempre da mesma banda:

- Ela chegava do colégio, acabava de almoçar e ligava a vitrola, que ficava no quarto dela. E escutava os mesmos discos, de “um tal” de Queen. Até que, um dia, eu quis saber o que era aquilo de que ela tanto gostava.

E completou:

- Não é que a garota estava certa?


***


Veja aqui o video de “A Kind of Magic

Edmundo e o pênalti perdido

O fato de craques como Michel Platini, Zico e Roberto Baggio, entre outros, já terem perdido pênaltis não serve de consolo para quem passa por uma infelicidade dessas. E a coisa ainda é mais desagradável quando se trata de uma penalidade decisiva. Edmundo [no detalhe] que o diga.

Mas, mesmo assim... será que o Animal precisava realmente tomar essa atitude incompreensível de passar a máquina zero na cabeça, como uma forma de “punição”, segundo as palavras do próprio?

Depois, acaba virando motivo de chacota na internet. E nem pode reclamar...

Fluminense: final da Libertadores

Vocês me desculpem, mas o clichê é inevitável: diante do Boca Juniores (ARG) no Maracanã, o Fluminense, mais uma vez, provou que realmente está com a chamada “sorte de campeão”.

Por que “sorte de campeão”? Simples: basta observar as chances claras de gol - três, pelo menos - que o Boca teve no segundo tempo, todas evitadas pela muralha Fernando Henrique, em grande fase. Assim como o segundo gol do Flu, o da virada, em chute de Conca que bateu no zagueiro argentino e matou o goleiro.

O Tricolor é favoritíssimo para bater a LDU (EQU) e levar a Taça Libertadores da América para as Laranjeiras. Entretanto, mesmo que ocorra uma “catástrofe” (e convenhamos: “catástrofes” desses tipo às vezes acontecem no futebol), esse time já entrou para a história do clube.

Mérito, é óbvio, para a equipe - que, indiscutivelmente, tem qualidades. Mas também para o técnico Renato Gaúcho [no detalhe], que, no ano passado, já havia levado o Fluminense ao igualmente inédito título da Copa do Brasil.

Pelé acertou uma...

Durante a solenidade de uma parceria para o projeto do Campus que leva o seu nome, em Santos, Pelé [no detalhe] não poupou críticas à administração de clubes de massa, como Flamengo e Corinthians. O Atleta do Século foi enfático ao se referir ao Rubro-Negro:

- A administração do futebol brasileiro tem de ser mais profissional. Alguns presidentes de clubes ficam chateados quando eu digo isso, mas é verdade. A gente vê que clube que é bem administrado, como o São Paulo, não enfrenta problemas, como acontece com o Flamengo. É o time com maior torcida do Brasil. Por isso, é uma pena ver o Flamengo passar pelo que está passando.

Segundo Pelé, o Flamengo deixa de lucrar quando não aproveita a força da marca para vender produtos licenciados para o seu enorme contingente de torcedores:

- Se fosse profissionalmente organizado, só com os direitos de vendas de produtos, o Flamengo se manteria, assim como o Corinthians também se manteria.

Certa vez, Romário teria dito que “Pelé, calado, é um poeta”. O.K. Mas observem a estrutura de que hoje dispõem clubes como o Boca Juniores (ARG), que até museu tem, e o F.C. Porto (POR) (nem vou citar gigantes como o Real Madrid, Manchester United ou Milan).

Pois é. Dessa vez, fica difícil discordar do Rei do Futebol...




Em tempo: a resposta de Kleber Leite, vice-presidente de futebol do Flamengo, às declarações de Pelé veio à jato. Confira aqui.

segunda-feira, junho 02, 2008

Da série “Frases”: Mário Quintana


Amar o semelhante, sim. Mas onde está ele?


Mário Quintana, poeta, tradutor e jornalista gaúcho (1906 - 1994).


IM - International Magazine nº 141


Venho trazer (atrasadaço, como sempre) os destaques da edição nº 141 do jornal IM - INTERNATIONAL MAGAZINE, que chegou às bancas no feriado do Dia do Trabalho:


  • Entrevista exclusiva com Jorge Vercillo [foto], que fala sobre o seu novo álbum, Todos Nós Somos Um. Por Marcelo Fróes e Carla Machado;

  • Tudo sobre a trilha sonora do filme Into The Wild, de Sean Penn, concebida pelo líder do Pearl Jam, Eddie Vedder. Por Jorge Albquerque;

  • Reedições em CD e DVD mantém aceso o culto ao U2. Por Cláudio Dirani e Luiz Felipe Carneiro.


E artigos meus sobre:


  • a boa trilha sonora de I'm Not There, cinebiografia de Bob Dylan:

Tendo estreado no Estados Unidos em novembro - no Brasil, três meses depois -, I'm Not There, cinebiografia de Bob Dylan, tem recebido críticas bastante positivas. E muito desse entusiasmo deve-se à maneira nada linear com que Todd Haynes decidiu contar a trajetória do bardo americano: o diretor estruturou a trama em várias estórias que não se relacionam entre si. O objetivo era retratar, ainda que de modo fragmentado, os momentos mais marcantes da vida daquele que é um dos mais influentes artistas do século XX.

“Além disso, Haynes utilizou seis (!) atores para interpretar as várias facetas de Dylan. Entre eles, Richard Gere, Christian Bale (o homem-morcego de Batman Begins e do ainda inédito The Dark Knight Returns), o recém-falecido Heath Ledger (o Coringa do já mencionado The Dark Knight...) e até uma mulher, a atriz Cate Blanchett - que, curiosamente, foi quem mais se assemelhou fisicamente com o autor de “Blowin' In The Wind”. Tão interessante quanto o filme, no entanto, é a sua trilha sonora, apresentada em CD duplo. (...)”


        • o lançamento, em DVD, de Synchroncity Concert, histórico registro da última turnê do Police antes da atual Reunion Tour:

        Em resposta ao CD Zero da Sony & BMG, a Universal criou a série MusicPac, que disponibilizou CDs de áudio nacionais e internacionais em embalagens digipack, com preços promocionais. O aparente êxito da empreitada fez com que a gravadora investisse também na reedição de DVDs. E, entre os títulos apresentados, existe um que merece atenção especial: Synchronicity Concert, do Police. Gravado em novembro de 1983, em Atlanta - e lançado no exterior em 2003 -, o trabalho permanecia inédito em DVD no Brasil. (...)”


        Leia a íntegra dessas matérias - e muito mais - no IM - INTERNATIONAL MAGAZINE desse mês. Nas bancas.

        Manchester: campeão europeu

        O lendário dramaturgo e jornalista Nelson Rodrigues, no seu estilo ímpar, possivelmente descreveria a eletrizante final da Liga dos Campeões da Europa entre Manchester United e Chelsea como “uma batalha épica entre gladiadores medievais, travada em um coliseu repleto.” No que, aliás, estaria coberto de razão. Foi, de fato, um jogo impróprio para cardíacos.

        E, exatamente como eu imaginei [confira aqui], deu Manchester na cabeça. Os Red Devils venceram nos pênaltis por 6 a 5, depois de um resultado de 1 a 1 que persistiu até o final dos 120 minutos.

        Cristiano Ronaldo - que, a exemplo do que ocorreu no Campeonato Inglês, terminou também como artilheiro da Champions League, com oito gols - marcou o gol do Manchester. Contudo, ironicamente, quase pôs tudo a perder ao desperdiçar a sua cobrança no momento das grandes penalidades.

        A sorte do craque português é que o experiente zagueiro John Terry - logo ele - levou um escorregão no exato instante de bater o seu pênalti, chutando a bola para fora. E, pouco depois, o goleiro Van der Sar [no detalhe] defendeu a cobrança do atacante francês Anelka.

        Mas acho que o destino dificilmente pregaria uma peça dessas com Cristiano Ronaldo...

        Zico. Eterno.

        Zico protagonizou momentos incríveis que ficarão impressos na minha memória para sempre. E certamente na de milhares de amantes de futebol - não necessariamente torcedores do Fla.

        Como o gol de meia bicicleta contra a Nova Zelândia, na Copa do Mundo da Espanha, em 1982. Ou o golaço que marcou depois de entrar na área adversária driblando até o goleiro, em amistoso pela Seleção contra a Escócia, em 1986.

        Esses dois lances que citei - e outros mais - estão nesse video do You Tube que você pode conferir aqui:

        “O Dia em que me Tornei Flamenguista”


        E por falar em Skank: no site oficial do quarteto das Alterosas, há a informação de que o vocalista Samuel Rosa acaba de lançar um livro [leia a notícia aqui].

        Na série O Dia em que me Tornei..., autores explicam os motivos que os levaram a torcer por seus respectivos clubes de coração. Depois de livros assinados, entre outros, pelo ator e diretor Selton Mello (sobre o São Paulo) e pelo jornalista esportivo Mauro Beting (sobre o Palmeiras), chegou a vez de Samuel contar como começou o seu apreço pelo Cruzeiro.

        De minha parte, confesso que seria impossível escrever um livro sobre esse tema. Digo isso porque o relato de como tornei-me flamenguista não ocuparia, nem de longe, um livro inteiro. A bem da verdade... sequer um artigo. Posso resumir a questão em apenas dois parágrafos.

        Não me recordo o dia exato. Mas, na minha tenra idade de seis, sete anos, decidi que seria um torcedor do Flamengo no exato momento em que vi jogar no time rubro-negro um craque espetacular chamado... Zico [foto].

        Pronto: para mim, isso foi o suficiente. “Esse é o meu time. O time em que joga o Zico.” Simples assim. E a minha paixão pelo clube, obviamente, perdura até os dias de hoje.

        É complicado dizer esse tipo de coisa, mas... se o Galinho de Quintino fosse um jogador do Fluminense naquela ocasião, haveria possibilidade de hoje eu ser Tricolor...