sábado, abril 18, 2009

Coldplay: entrevista


Ainda sobre Coldplay [veja cinco posts abaixo]: para ser um astro pop, não é necessário apenas editar bons álbuns e realizar grandes turnês. Não. É essencial saber lidar com a imprensa, concedendo entrevistas que fujam do lugar-comum. E Chris Martin [no detalhe] parece estar ciente disso.

No ano passado, o vocalista do Coldplay concedeu impagável entrevista à revista Rolling Stone. Confira alguns trechos:


Eu cresci tendo a perspectiva de céu e inferno como algo fortemente iminente (...). Passei um ano pensando que seria castigado se cantasse ‘Sympathy for the Devil’.


Bom, eu era pirado nuns peitos. Vamos admitir: é demais.”
(sobre heterossexualidade)


A primeira vez em que cantei em público foi em um show na escola, quando eu tinha 11 anos (...). Lembro de duas meninas que vieram falar comigo depois e disseram: ‘Ouvimos você cantar’. Aí elas riram e saíram correndo, como se estivessem dizendo ‘foi uma merda’. E, desde então, minha vida inteira tem sido a repetição desse dia.


Eu desisti de cantar por um tempo. Aí, uns amigos queriam tocar ‘Sweet Child O'Mine’ [do Guns n'Roses] em um show na escola (...). No final, um tal de Tom [nota do blog: não tenho nada a ver com isso...] me disse: ‘Chris, será que você pode imitar menos a Tina Turner?’.


Eu pensava mais ou menos assim: ‘Preciso ser um rock star, porque não é nada bom ser o cara de quem todo mundo gosta, mas que não come ninguém. Eu não quero ser a pessoa que diverte os outros antes de todo mundo sair para trepar. Quero ser o cara que come todo mundo’.


Mas é amor. Se entregue. Pense em Romeu e Julieta ou em pessoas com casamentos realmente complicados – pessoas em países diferentes, de raças diferentes, primos. Muitas pessoas vivem situações desafiadoras.
(sobre estar casado com uma estrela de Hollywood, a atriz Gwyneth Paltrow)


Eu ainda daria minha bola esquerda para compor algo tão bom quanto OK Computer. Acertaria ser eunuco só por ‘Paranoid Android’.
(sobre a admiração pelo Radiohead)


Idolataramos o R.E.M. (...). Destrinchamos Automatic for the People, disco que ainda não plagiamos, mas estamos prestes a plagiar.

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