quinta-feira, setembro 30, 2010

Da série São Bonitas as Canções: ‘Englishman In New York’, de Sting


Em seus quatro minutos e meio de duração, “Englishman In New York” consegue sintetizar toda a musicalidade de Sting [acima] – desde o Police até a sua carreira-solo. Regravada em Symphonicities, a faixa foi lançada originalmente em seu segundo álbum solo de estúdio, ...Nothing Like The Sun, de 1987.

Trata-se de um reggae – uma das “marcas registradas” do Police –, porém, executado com elementos de jazz, gênero do qual o artista inglês aproximou após a dissolução do trio.

No meio da canção, após um trecho de improvisos jazzísticos, surge uma bateria... de rock (!) – ritmo que sempre esteve presente na sonoridade de sua antiga banda e em alguns momentos de sua carreira solo. Pronto: o “resumo da ópera” está aí.

Filmado em um elegante P&B, o vídeo – a exemplo da gravação – conta com a participação do saxofonista Brandford Marsalis.


***


Englishman In New York” é dedicada ao escritor britânico Quentin Crisp (1908 – 1999) [à esquerda], que, inclusive, aparece no clipe – sim, eu sei que ele se parecia com uma velhinha...

Crisp tornou-se um ícone do homossexualismo, após o lançamento de sua autobiografia, The Naked Civil Servant (1968), na qual se recusou a manter na obscuridade a sua orientação sexual.

Em 1986, Sting jantou no apartamento do escritor, no bairro novaiorquino do Bovary. E foi justamente após esse encontro que teve a ideia da canção.

Be yourself. No matter what they say


***


Curiosidade: em sua (ótima) autobiografia,
Fora do Tom (2003), Sting não escondeu o seu encanto com a cidade que, como Sinatra cantou um dia, “nunca dorme”.

— Minha primeira viagem a Nova York foi o início de um caso de amor permanente com uma cidade que me inebria como nenhuma outra.

Apesar de residir atualmente em uma villa na Toscana, Itália, o músico possui, entre as suas (inúmeras) propriedades, um apartamento em Manhattan.



Nenhum comentário: