quinta-feira, janeiro 13, 2011

Ronaldinho Gaúcho no Flamengo


Sempre reagi com ceticismo à contratação de “figurões” pelo Flamengo. Foi assim com Adriano, Vágner Love e até Petkovic — que, em priscas eras, prestou ótimos serviços ao clube rubro-negro.

Contudo, em se tratando de Ronaldinho Gaúcho [no detalhe], “o buraco é mais embaixo”. Digo mais: a chegada do craque dentuço é uma notícia que faz com que o ano de 2011 inicie com o pé direito lá pelas bandas da Gávea.

A torcida do Fla não pode ser ingênua a ponto de pensar que, aos 31 anos de idade, Ronaldinho voltará a ser o “alienígena” que simplesmente barbarizou em sua passagem pelo Barcelona. Sobretudo, por causa do notório apreço do craque por praia, pagodes, etc. No entanto, há que se considerar que, jogando apenas a terça parte do que sabe, o Gaúcho é um jogador de técnica (muito) superior a 90% dos futebolistas em atividade no Brasil. Ponto.

E não podemos esquecer, sobretudo, a questão comercial: a imagem de Ronaldinho Gaúcho ainda possui fortíssimo apelo de marketing. E não resta dúvida de que irá aumentar substancialmente a venda de camisas do clube mais popular do Brasil. Isso, sem contar bilheterias, contratos de publicidade, etc. Exatamente como ocorreu com Ronaldo Fenômeno no Corinthians.

Resumo: depois de tantas “bolas na trave”, finalmente a Diretoria do Flamengo “deu uma dentro”. Já não era sem tempo...

Seja bem-vindo, Ronaldinho Gaúcho.


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Fã do futebol de Ronaldinho Gaúcho que sempre fui — no auge de sua carreira, o ex-gremista foi, na minha modesta opinião, inegavelmente superior a Messi, Cristiano Ronaldo e Kaká, entre outros —, escrevi sobre o craque em agosto de 2010, por ocasião de um amistoso entre Barcelona e Milan, no qual o clube catalão prestou uma belíssima homenagem ao seu ex-atleta. Para conferir, clique aqui.

Da série ‘Frases’: Thiago Neves e o... ‘choque cultural’

A reza no intervalo foi a coisa que mais me chocou. Todos vão para o vestiário e ficam lá, de bunda para o alto, rezando. Eu só olhava...

Em entrevista ao jornal carioca Extra, Thiago Neves [no detalhe], novo reforço do Flamengo, revela o seu espanto diante dos hábitos muçulmanos. Jogador do Al-Hilal, da Arábia Saudita, o apoiador assinou com o clube rubro-negro por um ano e foi apresentado hoje na Gávea.


Da série ‘Só Para Constar’: Zico

Só para constar: além de ser o maior ídolo da história do Flamengo — e de ter sido tão maltratado enquanto ocupou o cargo de Diretor de Futebol do clube —, foi Zico que iniciou as negociações para trazer Ronaldinho Gaúcho para a Gávea.

Contudo, naquele momento, o Galinho esbarrou na negativa do Milan, clube no qual Ronaldinho atuava. Mas a semente estava plantada...


Da série ‘Contos’: ‘Classes diferentes. A mesma paixão’


Vinham os dois na mesma calçada, porém em sentido contrário: o rapaz escuro, suado, trajando roupas humildes, que trazia nas mãos uma caixa de drops, que certamente vende nos ônibus; e um moço branco, de óculos, pasta de executivo na mão, e impecavelmente vestido.

Como se combinassem, ambos entraram, no exato ponto em que cruzaram, em uma loja de artigos esportivos. E procuram, por coincidência, o mesmo objeto de desejo: a camisa do Flamengo.

Parados em frente à vitrine, fitam o uniforme rubro-negro – o atual, que traz no peito o escudo da CBF e, logo abaixo, a enorme logomarca da indústria de laticínios.

O silêncio é quebrado pelo rapaz arrumadinho, que dirige-se ao outro, dizendo:

— Pode falar, me'rmão: muito foda essa camisa, não?

Embora estupefato pelo inesperado vocabulário saído da boca da figura a seu lado, o vendedor de balas ainda consegue balbuciar:

— Já é. Já é...

Moral da história: na paixão por um clube de futebol, os torcedores – independentemente de raça, credo ou classe social – tornam-se o que, de fato, são: iguais.

Da série ‘Frases’: Renato Russo

Às vezes, o que eu vejo quase ninguém vê...”

(“Quase sem Querer”, Dado Villa-Lobos — Renato Russo — Marcelo Bonfá, CD Dois, 1986. Escrevi sobre este álbum em março de 2007. Para ler, clique aqui)


Nestlé: 90 anos


Confesso que refleti muito antes de decidir postar este vídeo aqui. Não quis que pensassem que o blog estaria sendo pago para veicular aqui este anúncio, ou algo desse tipo.

Mas, francamente, não resisti à beleza do comercial de 90 anos da Nestlé, emoldurado pela impecável versão original de “Emoções”, de Roberto Carlos [no detalhe], gravada em 1981. Somente quem já viu o Rei cantando esta canção ao vivo pode avaliar: quando surgem os metais da orquestra do cantor, nem as cadeiras do local ficam indiferentes...

Observem que, no trecho da letra que diz “Saudades eu senti...”, aparecem as imagens dos inesquecíveis Antonio Carlos Jobim e Ayrton Senna.

Feliz do país que reverencia os seus ídolos.



Veja o comercial de 90 anos da Nestlé
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...e ouça a gravação original do clássico “Emoções”:

Da série ‘Perguntar Não Ofende’: Boris Casoy

Para começar bem o ano, perguntar não ofende: considerando o... er, “afeto” sincero que Boris Casoy nutre pelos garis, por que será que ele não se manifestou como em dezembro de 2009?



Dias após o ocorrido, o “âncora” até que tentou... se desculpar. Pena que foi da maneira mais tosca possível...