sábado, dezembro 24, 2011

Da série ‘São Bonitas as Canções’: ‘Dead’s Man Rope’, de Sting


Faixa de Sacred Love [2003], o último álbum de inéditas de Sting, “Dead's Man Rope” fala de um indivíduo que trilha, durante “mil anos”, por um caminho de “vazio”, dor”, “raiva”. E acaba “se afastando de si próprio”. E do “amor de Jesus”.

Até que, uma noite, “a mão de um anjo” pousa sobre a sua cabeça, trazendo “a doce chuva do perdão”.

Em suma, trata-se de uma canção de conversão. E fé. Portanto, uma mensagem perfeita para refletirmos no dia de hoje. Um Natal de paz para todos vocês.



Veja o vídeo de “Dead’s Man Rope” extraído do DVD Inside: The Songs of Sacred Love, também de 2003. A canção cita “Walking In Your Footsteps”, de Synchronicity, o quinto (e último) álbum do Police — porém, em um contexto totalmente diferente...


Da série ‘Frases’: Lulu Santos

A alegria lubrifica o dia-a-dia


(Lulu Santos, “Manhas e Mumunhas”, CD Letra e Música, 2005)


sábado, dezembro 10, 2011

SuperHeavy: Mick Jagger em boa companhia



CD
SuperHeavy (Universal Music)
2011

Novo projeto do líder dos Rolling Stones é marcado pela colaboração e pela diversidade de estilos


Em seus quatro discos solo — She's The Boss [1984], Primitive Cool [1987], Wandering Spirit [1993] e Goddess in The Doorway [2001] —, Mick Jagger sempre se cercou de gente boa: Bono Vox (U2), Pete Townshend (The Who), Jeff Beck, Lenny Kravitz, o baixista Flea (Red Hot Chili Peppers) e o produtor Rick Rubin, entre outros. Em sua nova empreitada, não poderia ser diferente.

O líder dos Rolling Stones juntou-se à cantora Joss Stone, ao guitarrista Dave Stewart (ex-Eurythmics), a Damien “Jr. Gong” Marley (sim, o filho do “homem”) e ao produtor de trilhas de cinema A. R. Rahman, no projeto que atende pelo (pouco criativo) nome de SuperHeavy, que lança o seu primeiro CD, epônimo. Ainda que esteja de longe de ser “super pesado”, trata-se de um supergrupo — entenderam agora?

E, com todo o respeito aos demais, a grande verdade é que a presença de Jagger traz visibilidade extra ao trabalho.

Vamos ao que interessa: SuperHeavy, o álbum, é bom? Digamos que seja... mediano. Há algumas faixas palatáveis como “Rock Me Gently”, “One Day One Night”, “Never Gonna Change” e o pop rock “Energy”. Mas, no geral, nenhuma das demais faixas empolga tanto quando o reggae “Miracle Worker”, o primeiro single. Entretanto, o disco tem um trunfo: a diversidade de estilos. A segunda faixa de trabalho, inclusive, é cantada — graças ao indiano Rahman, autor da canção —, em sânscrito, o idioma das escrituras sagradas hindus: “Satyameva Jayathe”, que significa “a verdade triunfa sozinha”. 

Moral da história: bilionário e dono de uma das patentes mais famosas do pop, Mick Jagger — mesmo sem ter realizado um grande disco — ainda busca, fora da formatação sonora mais do que “cristalizada” dos Rollling Stones, o simples prazer de fazer música, por si só.

Ponto para ele.



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