quinta-feira, março 29, 2012

Da série ‘São Bonitas as Canções’: ‘Meu Amigo, Meu Herói’, com Zizi Possi



A singela “Meu Amigo, Meu Herói” foi um “presente” de Gilberto Gil a Zizi Possi, que a gravou em seu terceiro álbum, epônimo, editado em 1980. Naquele mesmo ano, integrou a trilha sonora da novela Plumas & Paetês. No entanto, curiosamente, Gil jamais a incluiu em nenhum disco seu.

Por razões familiares, esta canção sempre me comoveu sobremaneira. E, no dia de hoje, sua menção se faz mais do que oportuna.




Veja o vídeo da gravação original de “Meu Amigo, Meu Herói”, cantada por Zizi Possi — que este vosso amigo considera a mais bela voz feminina brasileira viva...




...e também a versão de Caetano Veloso, extraída do especial de TV Grandes Nomes, de 1981. Curiosidade: no colo de Renato Aragão, ainda criança, está Moreno Veloso, filho de Caetano:

sábado, março 10, 2012

Da série ‘Frases’: Bob Dylan



“...ah, but I was so much older then / I'm younger than that now...”


O curioso verso de Bob Dylan sobre “rejuvenescimento” está incluído em “My Back Pages”, faixa de Another Side of Bob Dylan, lançado pelo bardo americano em 1964. E também foi citado no encarte de O Descobrimento do Brasil [1993], penúltimo álbum da Legião Urbana.

Inaugurando a série ‘Causos’: Roberto Carlos & Erasmo Carlos



O fato já foi mencionado publicamente inúmeras vezes tanto por Roberto quanto por Erasmo Carlos. Quando um dos faz aniversário, o aniversariante telefona para o outro e diz:

Bicho, você pode ligar para cá e o telefone estar sempre ocupado. Ou acontecer de eu ter saído. Então, estou ligando só para você me dar os parabéns....

quinta-feira, março 08, 2012

Da série ‘São Bonitas as Canções’: ‘Woman’, de John Lennon



Há um detalhe raramente observado — e, consequentemente, pouco comentado — na belíssima “Woman”, na qual John Lennon homenageou sua esposa, Yoko Ono — e, por tabela, as demais mulheres do planeta. 

Na introdução da faixa — mais precisamente em 0:03 do vídeo abaixo —, o ex-beatle sussurra a “dedicatória”: “For the other half of the sky” (“Para a outra metade do céu...”). Esta frase nada mais é do que um antigo provérbio chinês, utilizado certa vez pelo ditador Mao-Tse-tung. E traduz o quão... hum, celestial Lennon considerava Yoko e suas congêneres. 

Em sua última entrevista, concedida à *Rolling Stone americana em 05 de dezembro de 1980  três dias antes de seu assassinato  e publicada na edição de janeiro da revista, Lennon classificou “Woman” como a “versão adulta” de “Girl”, pérola de Rubber Soul, que os Fab Four editaram em 1965. A canção foi lançada no (bom) álbum Double Fantasy [1980], seu derradeiro trabalho.



* Na famosa — e ousada — foto de Annie Leibovitz que ilustrou a capa da Rolling Stone de janeiro de 1981 [no detalhe], Lennon aparece nu, em posição fetal, simbolizando a sua “fragilidade” diante de Yoko Ono, a quem chamava de... “mãe” (!). O conceito da foto foi idealizado pelo músico. Sincera, a fotógrafa tentou argumentar que “as pessoas não querem ver Yoko na capa”. John, contudo, fez prevalecer a sua decisão.



Veja o vídeo de “Woman”. Na letra de rara sensibilidade, Lennon não se constrange em reconhecer a “criancinha” que “existe dentro do homem”:


Da série ‘Frases’: John Lennon



As mulheres realmente são ‘a outra metade do céu’, como eu sussurro no início da música. Para elas, é ‘nós’ ou... nada.” 


(John Lennon, dezembro de 1980. No detalhe, a capa de Double Fantasy [1980], último álbum do ex-beatle — no qual está contida “Woman”, canção citada pelo músico na declaração acima)

sexta-feira, março 02, 2012

Da série ‘São Bonitas as Canções’: ‘Let Your Soul Be Your Pilot’, de Sting



Com seu jeitão gospel e belas imagens, “Let Your Soul Be Your Pilot” — do álbum Mercury Falling [1996] — é uma das mais interessantes letras já escritas por Sting [foto]. Um ouvinte menos atento pode classificá-la como uma mera mensagem de incentivo, de encorajamento a alguém que está desnorteado (“se a bússola gira / para nenhum lugar que você conheça bem...”)

Entretanto, bem ao estilo do ex-Police — ou seja, longe de qualquer obviedade —, trata-se, na verdade, de uma canção... romântica. A explicação está nos versos: 


Deixe que a sua dor seja o meu sofrimento
Deixe que as suas lágrimas sejam minhas também...”


Afinal, que prova de amor pode ser mais eloquente do que assumir a dor da pessoa amada — para que esta não sofra?