sábado, março 29, 2014

Da série ‘São Bonitas as Canções’: ‘The Book Of My Life’, de Sting



Em seu álbum Sacred Love, de 2003, Sting incluiu uma canção que alude a Fora do Tom [acima, a capa], a (excelente) autobiografia que viria a lançar três anos depois: “The Book Of My Life”. 

Na faixa, o ex-Police compara a sua trajetória aos capítulos de um livro. E uma metáfora que se revelaria absolutamente previsível em mãos alheias, adquire, sob o olhar do músico inglês, significados mais amplos. Embora praticamente desconhecida, trata-se de uma de suas mais profundas composições.

Minucioso, Sting enumera praticamente todos os aspectos de sua vida. Menciona os pais. Os filhos. O amor. Deus — que afirma “não entender”. Os conflitos “que ninguém venceu”. As promessas — tanto as “mantidas” quanto as “quebradas”. Os (inconfessáveis) segredos. As palavras proferidas — verdadeiras ou não. As tristezas (“Sempre existe algum sofrimento em cada vida”). E, claro, as alegrias.

No refrão, há o desfecho mais-que-perfeito:


Embora as páginas sejam numeradas,
não consigo ver para onde me conduzem.
Porque o fim é um mistério
que ninguém pode ler...

no livro da minha vida.



The Book Of My Life” traz a (brilhante) participação da citarista Anouskha Shankar, filha do mestre Ravi Shankar, que conferiu à gravação matizes... espirituais, digamos assim.




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Ouça “The Book Of My Life”, em um video fan made repleto de poesia:

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