sábado, março 29, 2014

Da série ‘São Bonitas as Canções’: ‘Elefante Branco’, dos Tigres de Bengala



Em 1993, os experientes Vinícius Cantuária, Cláudio Zoli, Ritchie, William Forghieri e os irmãos Dadi e Mu Carvalho decidiram formar um supergrupo: Tigres de Bengala. O primeiro (e único) álbum do sexteto, epônimo [acima, a capa], foi editado naquele mesmo ano.

A pop “Agora ou Jamais” e a bela balada “Só Eu e Mais Ninguém” obtiveram razoável execução nas chamadas “FMs adultas”. Contudo, o destaque do álbum — ainda que não tenha se tornado necessariamente um hit — foi, sem dúvida alguma, a primeira faixa de trabalho: “Elefante Branco”.

Parceria de Cantuária com o eterno líder da Blitz, Evandro Mesquita, “Elefante...” fala de questões pertinentes à entrada na casa dos quarenta anos, como o desejo de “reinvenção”, além da consciência de que, considerando a estimativa de vida da população brasileira, chegou-se na “metade do caminho” (“Não há tempo de olhar para trás”).

A síntese da letra, entretanto, encontra-se precisamente nos seus primeiros versos: “Você já pensou em chegar / numa boa aos quarenta? / Por que você não tenta? / Por que não experimenta?




Nota: A expressão “elefante branco” geralmente se refere a obras públicas que demandam um enorme custo de manutenção por parte do Estado, mas que oferecem pouco ou nenhum benefício à população. Evidentemente, o termo também pode ser aplicado a propriedades particulares.

A palavra tem origem nos elefantes albinos do Sudeste da Ásia, tidos como animais sagrados para os reis daquela região. E, quando um elefante branco era presenteado por um monarca, o súdito merecedor dessa deferência acabava recebendo, na verdade, um enorme problema. Literalmente




Veja o vídeo oficial de “Elefante Branco:

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