terça-feira, setembro 27, 2016

Da série ‘Na Estante’: ‘David Bowie Está Aqui’


Livro
David Bowie Está Aqui (Cosac & Naif)
Vários Autores
2013


Dentre todas as biografias de músicos de rock já editadas, David Bowie Está Aqui é, sem dúvida, uma das que mais impressionam pelo acabamento. Convenhamos: Bowie merece tal deferência.

Enorme (31,2 x 24,2), trata-se de um misto de enciclopédia (pela pesquisa minuciosa) e livro de arte (por ser fartamente ilustrado com fotos de várias fases da vida do cantor, seus trajes e até de manuscritos de suas letras). A explicação: foi a primeira obra que teve acesso irrestrito ao The David Bowie Archive, o acervo pessoal do cantor.

A publicação data de 2013, por ocasião da exposição itinerante homônima de Bowie, exibida inicialmente no Victoria and Albert Museum, em Londres, de março a agosto daquele ano, e que foi reapresentada no Museu da Imagem do Som, em São Paulo, no ano seguinte. Os curadores do museu londrino dissertam sobre a influência do autor de “Fashion” – que se estendeu, inclusive, ao mundo da moda (!).

A má notícia é que a editora Cosac & Naif encerrou as suas atividades em novembro de 2015 – o que, em breve, transformará “David Bowie Está Aqui” em um item de colecionador. Algumas lojas virtuais, contudo, ainda possuem o item em estoque. Portanto, fica a dica: não deixe para amanhã para adquirir esse documento essencial sobre a vida e a trajetória singular do Camaleão.

sexta-feira, setembro 23, 2016

Da série ‘São Bonitas as Canções’: ‘Mortal Loucura (Oração)’, com Maria Bethania


O soneto “Oração” foi um raro momento de lirismo do poeta baiano Gregório de Matos (1623 – 1696), que, pelo teor satírico de sua obra, ficou conhecido como “Boca do Inferno”. Em 2005, rebatizando-o de “Mortal Loucura”, José Miguel Wisnik o musicou para a trilha do balé Onqotô, do Grupo Corpo, composta e executada na companhia de Caetano Veloso.

No primeiro semestre deste ano, Maria Bethania regravou a faixa – diga-se de passagem, com um arranjo magnífico e uma interpretação ímpar – para a novela Velho Chico, além de disponibilizá-la em single digital. É o tema do personagem Santo, interpretado por Domingos Montagner, cujo falecimento, na semana passada, comoveu todo o Brasil.

À luz dos tristes acontecimentos, é intrigante observar que se trata de uma canção cuja temática é justamente… a efemeridade da vida (“Já sei que a flor da formosura, usura / será, no fim dessa jornada, nada”). O que nos leva a crer que “coincidência” é apenas uma palavra criada para nomenclaturar algo que, a bem da verdade, não sabemos explicar ao certo.



Paul McCartney retorna à gravadora Capitol



Em um acordo que a própria companhia classificou como “histórico”, Paul McCartney anunciou o seu retorno à Capitol Records, selo pertencente à Universal Music. Em nota, o ex-beatle estava exultante: 

– Isto é realmente emocionante para mim. A Capitol não só foi meu primeiro selo nos Estados Unidos, mas também do primeiro disco que comprei em minha vida: Be-Bop-A-Lula, de Gene Vincent.

O contrato abrange todo o catálogo solo do baixista – de McCartney [1970] até o seu mais recente lançamento, New [2013] –, que, em um “extenso plano”, começará a ser explorado a partir de julho de 2017. A melhor notícia, contudo, é que Macca está gravando um novo CD, que já chegará às prateleiras via Capitol.

Os três últimos trabalhos de estúdio de Paul – Memory Almost Full [2007], o álbum de standards americanos Kisses On The Bottom [2012] e o supracitado New – foram editados pelo selo Hear Music, propriedade da rede de cafeterias Starbucks. Ainda sem título, o novo disco de Paul McCartney ainda não tem data de lançamento.



Veja o vídeo da nostálgica balada country “Early Days”, faixa de New: