segunda-feira, abril 24, 2017

Da série ‘Causos’: Jerry Adriani (1947 – 2017)


Em um meio artístico dominado pelo egocentrismo e pela antipatia, é fundamental destacar que não há ninguém que, em algum momento, tenha criticado o comportamento de Jerry Adriani, falecido ontem, aos 70 anos. Carinhoso com os colegas e afável com os fãs, foi, ao longo de 53 anos de carreira, um exemplo de caráter e humildade. Um autêntico boa-praça. Uma pessoa do bem. Um espírito elevado.

Existe, aliás, um episódio envolvendo Jerry que é sempre relembrado pelos meus familiares. Há décadas, meu avô paterno dirigia na companhia de minha avó por uma das principais ruas da zona norte do Rio. E, em um determinado momento, levou uma baita “fechada”.

Ainda sem se refazer completamente do susto, ele observou que o autor da imprudência começou a reduzir a velocidade. Quando os dois veículos emparelharam, o motorista se desculpou pelo ocorrido e fez questão de perguntar se estava tudo bem. Era Jerry Adriani em pessoa.

A ele, todo o nosso respeito e admiração. E não apenas como artista, mas, principalmente, como ser humano. Descanse em paz.



Quando a Legião Urbana gravou o seu primeiro álbum, em 1984, o público e a crítica perceberam a (inegável) semelhança entre as vozes de Jerry Adriani e Renato Russo. Em 1999, Jerry homenageou Renato – que falecera três anos antes – com o (belo) álbum Forza Sempre, no regravou sucessos da Legião vertidos para o italiano:

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