quinta-feira, fevereiro 15, 2007

International Magazine: edição de fevereiro/2007



Esses são os os destaques da edição de fevereiro do jornal IM - INTERNATIONAL MAGAZINE:

  • tudo sobre a entrevista coletiva que os MUTANTES concederam em São Paulo, por MARCELO FRÓES;
  • a homenagem a um dos maiores autores de nossa música, BRAGUINHA, que partiu no último dia 24 de dezembro, aos 99 anos de idade. Artigo de FELIPE TADEU;
  • CHICO BUARQUE estréia sua turnê Carioca no Rio de Janeiro, por OSCAR VASCONCELOS;
  • o adeus ao Padrinho do Soul, JAMES BROWN, por RODRIGO FERNANDES;
  • THE WHO lança um CD de inéditas, Endless Wire, por JORGE ALBUQUERQUE;
  • An Other Cup, o retorno de YUSUF ISLAM, outrora mundialmente conhecido como CAT STEVENS, por J. M. SANTIAGO;
  • transcrição das entrevistas coletivas de CAETANO VELOSO (na sede da Universal Music) e ROBERTO CARLOS (no hotel; Caesar Park, em Ipanema);

E artigos meus sobre:

  • CD e DVD Duetos, de ROBERTO CARLOS:
(...) "Já se pode ouvir o murmúrio daqueles que Nelson Rodrigues classificaria como "os idiotas da objetividade", descontentes pelo fato de o cantor, mais uma vez, não ter lançado um trabalho com novas canções [o último foi Pra Sempre, 2003; e antes desse, Amor Sem Limite, 2000].

"E o que há para se dizer sobre isso é simples: feliz do artista que atinge na carreira um determinado estágio que permite que ele possa...
se divertir (no melhor sentido) com seu farto acervo." (...)

(...) "Na resenha de seu trabalho anterior (o não necessariamente ruim, porém totalmente desnecessário), Acoustic Live, o IM - INTERNATIONAL MAGAZINE, levantou essa lebre: 'seria até melhor (e mais honesto) retomar a persona do cantor romântico, com um repertório autoral e, sobretudo, inédito'. Coincidência ou não, foi exatamente isso o que PR fez. E de modo acertado, talvez: afinal, o seu período de maior êxito comercial pós-RPM (com exceção da própria ressurreição do grupo em 2002) foi justamente na fase de "Dois" e "Tudo por Nada". (...)


Leia a íntegra dessas duas matérias - e muito mais - no IM - INTERNATIONAL MAGAZINE desse mês.

Já nas bancas.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

The Police: retorno histórico


Assisti ontem, extasiado, ao surpreendente retorno do THE POLICE [em foto da Agência Reuters] depois mais de 20 anos de separação, na abertura da 49ª edição do Grammy Awards, em Los Angeles (transmitida pelo canal Sony). A última vez em que os músicos tocaram juntos pela última vez foi em 2003, para celebrar a indicação do grupo ao Hall da Fama do Rock.

Sting, Andy Summers e Stewart Copeland, esbanjando vitalidade (diga-se de passagem, aparentemente imunes à passagem do tempo) e a lendária técnica instrumental, tocaram o clássico "Roxanne", faixa de seu primeiro álbum, Outlandos d'Amour, de 1978 (!).

O grupo fez hoje o anúncio oficial, durante entrevista coletiva também em Los Angeles, da turnê mundial em comemoração dos trinta anos de seu primeiro single. A turnê tem início no dia 28 de maio, no Canadá; depois, fazem EUA até 03 de agosto; e prosseguem com Europa, América do Sul, Japão, Austrália e Nova Zelândia.

Veja abaixo o momento histórico da cerimônia de ontem.

sábado, fevereiro 10, 2007

A existência de Deus "provada através de cálculo matemático"

Cada coisa que se lê na internet...

Deu no site do diário espanhol 20 Minutos: a probabilidade de que Deus [tradicionalmente caracterizado por um triângulo com um olho, como mostra a foto ao lado] exista é de 62%, segundo o cálculo realizado pelo jornalista e escritor alemão Thomas Vasek, a partir de uma fórmula criada há 250 anos pelo pastor presbiteriano e renomado matemático inglês Thomas Bayes.

Com seu cálculo pessoal, Vasek trata de encontrar ao menos uma saída parcial a um problema que tem ocupado a um sem número de pensadores ao longo dos séculos.

Todos os esforços em provar racionalmente a existência de Deus, segundo Vasek, resultaram em fracasso e, já no século XVII, Blaise Pascal - que era matemático, físico, teólogo e um jogador apaixonado - acreditava que tratava-se de uma questão diante da qual não restava outra possibilidade senão... apostar às cegas.

A íntegra dessas brilhantes conclusões pode ser lida, em espanhol, aqui.



"Pensar em Deus é desobedecer a Deus.
Porque Deus quis que não O conhecêssemos...

Por isso, não Se nos mostrou... "

(Alberto Caeiro a.k.a Fernando Pessoa, 08/03/1914)

Collor: de volta à mídia

O ex-presidente - hoje senador eleito pelo estado de Alagoas - FERNANDO COLLOR DE MELLO voltou à mídia com força total.

A revista Istoé dessa semana apresenta extensa matéria de capa com Collor, onde ele recorda o seu calvário e, recém-empossado, revela a sua expectativa e seus planos para o primeiro mandato no Senado Federal:

"É uma sensação muito positiva. Volto à vida pública conduzido pelo voto popular e sempre tive interesse em participar do Senado, uma Casa de pessoas mais experimentadas, de pessoas mais vividas no mister da política, e para onde também costumam ir ex-presidentes da República. Não trago nenhum sentimento subalterno de vendetta, mágoa, ressentimento. Ultrapassei uma fase penosa, dura, mas de muita experiência acumulada."

Já o portal G1 traz uma esclarecedora entrevista com o ex-presidente, onde ele anuncia que, em seu primeiro discurso na Casa, em março, irá dar "a sua versão" dos fatos que culminaram em seu impeachment, em 1992.

"Será fundamentalmente a versão de quem viveu os fatos que levaram a meu afastamento da presidência em 92. Todos já deram suas versões, livros foram escritos, teses foram defendidas em universidades, artigos reproduzidos. Cada um dando sua versão. Não há ainda a versão de quem viveu o fato - ou seja, a minha. Ainda não foi dada essa oportunidade à Nação brasileira. Agora, eleito senador, acho que chegou a hora da preencher essa lacuna. E será uma versão absolutamente fidedigna dos fatos. O juízo ficará a cargo de quem tiver a curiosidade de ouvir, assistir ou de ler."

Collor afirma que seu discurso será "rico em detalhes":

"Dia, hora, minuto, segundo, nomes, fatos concretos. Eu tenho um livro escrito de 640 páginas, que não pretendo publicar tão cedo. Algo que escrevi num momento de muita emoção, logo após minha absolvição no Supremo Tribunal Federal, em 94. É um livro importante porque ali estão colocadas as emoções de quem esteve submetido àquele moedor. Carreguei bastante nas tintas. Não distorci os fatos, mas carreguei na adjetivação, coisa que aprendi que, no Jornalismo, devemos evitar."

Aqui estão os links que conduzem diretamente às duas reportagens: a da Istoé; e do G1.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

10 anos sem Paulo Francis

Ontem, 04 de fevereiro, completaram 10 anos desde o desaparecimento do jornalista e escritor PAULO FRANCIS [em foto de Bob Wolfenson]. E certamente a data suscita uma reflexão.

Sempre acreditei que o detestasse: tratava-se de um indivíduo frívolo, grosseiro, exibindo um ar de superioridade por viver em Nova York, a "capital do mundo" ("Waaall.... "). Entretanto - por mais que isso soe tão contraditório quanto o próprio Francis -, é impossível não reconhecê-lo como um homem extremamente culto, e que não tinha nenhum medo de defender suas convicções.

E a verdade é que jamais deixei de ler sua coluna Diário da Corte, n'O Globo.

Hoje, passada uma decáda, chego à conclusão de que desenvolvi o velho clichê da relação de "amor e ódio" para com Paulo Francis.

Devo reconhecer (historicamente - por razões etárias, não presenciei tais acontecimentos) o seu papel importante como colaborador d'O Pasquim durante a ditadura militar, assim como a sua (elogadíssima) atividade como crítico literário. E é curioso ler/ouvir relatos de pessoas próximas a Francis o definindo como "uma homem afável e carinhoso" - o que nos faz concluir que a sua pessoa pública "demolidora" era apenas... um avatar.

E com tudo isso... fica fácil dimensionar a falta que ele faz.


Relembre a locução muito peculiar de Paulo Francis nesse hilário video com alguns de seus erros de gravação.