quinta-feira, março 12, 2009

Citação

(...) Tenho 35 anos. Às vezes, quando digo isto, alguém rapidamente responde: ‘mas não parece!’, como se fosse ruim ter mais de 30. Mas, para mim, não é assim. Para mim, a infância, a adolescência, os 20 anos - eu os vivi até o fim para chegar a essa idade.

Tenho 35 anos em 1991. E não há nada melhor do que isto.”


Marina psicografada por Antônio Cícero idealizado por Marina


Do encarte do (bom) CD, epônimo, que Marina Lima lançou em 1991. No detalhe, a capa.




Sentir-se bem consigo próprio e ter a certeza de estar passando... er, decentemente pelos anos é algo que simplesmente... não tem preço.

Obrigado!

Ainda que eu já o tenha feito de modo individual (como deve ser), gostaria de agradecer, agora coletivamente, pelos e-mails, scraps e telefonemas que recebi por ocasião de meu aniversário - sem esquecer, é claro, dos familiares e amigos com os quais estive pessoalmente na data.

Sei que unanimidade não existe. E, sendo assim, é impossível agradar a todos. Mas é reconfortante sentir o apreço verdadeiro das pessoas.

Muito obrigado, pessoal!

terça-feira, março 10, 2009

Robert Plant & Alison Krauss: Grammy 2009


Robert Plant e Alison Krauss - mencionados dois posts abaixo - foram os grandes vencedores do Grammy 2009. Além de Raising Sand ter sido eleito o Melhor Álbum do Ano, a dupla [no detalhe, com o produtor T. Bone Burnett] foi laureada com mais duas estatuetas: Melhor Colaboração Pop com Vocais (“Rich Woman”) e Gravação do Ano (“Please Read The Letter”).

Particularmente, confesso que torci para o Coldplay. Mas, de qualquer forma, o prêmio está em boas mãos. Raising Sand é, de fato, um ótimo CD.

Na ocasião de seu lançamento, inclusive, levantei essa lebre. Confira aqui.

‘Será que eu sou medieval?’


Já que falei em “metáforas medievais” no post anterior: como grande apreciador de literatura medieval, acabei comprando, por indicação de um amigo, Rei Arthur [no detalhe], do escritor e jornalista (nascido em Singapura, mas radicado na Escócia) Allan Massie.


O ciclo arturiano já foi tema de inúmeras obras – como o famoso As Brumas de Avalon*, da americana Marion Zimmer Bradley. Mas o livro de Massie possui o diferencial de ser baseado nas narrativas que o sábio e astrólogo medieval Michael Scott fazia ao seu pupilo, Frederico de Hohenstaufen (1194 – 1250), imperador do Sacro Império Romano.

Bem, agora só falta arranjar tempo para iniciar a leitura...



* As Brumas de Avalon, lançado em quatro volumes em 1979, focaliza a Távola Redonda – contudo, sob a singularidade da ótica feminina.


***


O título deste post cita “Medieval II”, canção de Rogério Meanda e Cazuza, lançada no primeiro disco solo do Exagerado, de 1985. Sempre adorei essa música. Qualquer hora, falarei sobre ela aqui...

quinta-feira, março 05, 2009

‘Viva La Vida’: a música de 2008

Tenho plena consciência de que um post retrospectivo como este deveria ter sido escrito, no máximo, até o último dia de janeiro.

Todavia, devemos considerar - com algum cinismo, reconheço - que, por causa da porcaria do Carnaval, fevereiro é um mês “morto”. Sendo assim, esse post está atrasado apenas uns... er, cinco dias...




O quarto álbum do Coldplay [no detalhe], Viva La Vida Or Death And All His Friends, coincidentemente (ou não), foi produzido pelo mesmo Brian Eno, ex-Roxy Music, que produziu o quarto álbum do U2, The Unforgettable Fire. E, se The Unforgettable Fire representou um divisor de águas na carreira da banda irlandesa, a mesma importância pode ser aplicada a Viva La Vida na trajetória do grupo de Chris Martin.


A ousadia do Coldplay já começou no projeto gráfico [à direita], que reproduzia A Liberdade Guiando o Povo, de Eugène Delacroix. O fato de retratar a Revolução Francesa na capa do disco tinha um propósito claro: o quarteto ambicionava revolucionar a si próprio.

Contudo, parte do êxito da empreitada deve ser creditado ao esteta Eno, cujos arranjos alargaram os horizontes do Coldplay para muito além das baladinhas-ao-piano que os tornaram famosos.

Entretanto, apesar de bons momentos como “Lost!”, “Cemeteries Of London”, “42” e “Violet Hill”, nenhuma outra faixa do álbum revelou-se tão contundente quanto “Viva La Vida”, meio-título do disco.

Em um tom épico, Chris Martin canta uma belíssima letra que se utiliza de metáforas medievais para falar de... desilusão. A despeito das chamadas “verbas promocionais” das gravadoras – leia-se “jabá” -, a canção arrebatou FMs em todo o planeta. Há muito tempo o dial não era habitado por algo tão... substancial.

Não por acaso, “Viva La Vida” foi agraciada na edição 2009 do Grammy, na categoria “Música do Ano”. Ironicamente, perdeu no quesito “Gravação do Ano” para a bela “Please Read The Letter”, da dupla Robert Plant e Alison Krauss. Mas não importa. De fato e de direito, “Viva La Vida” foi a melhor música de 2008.



Saiba mais sobre “Viva La Vida” aqui.

Da série ‘Frases’: Lya Luft

Dirijo frequentemente em estradas, e diariamente em ruas. Boa parte dos motoristas não poderia ter carteira, não poderia dirigir. Não antes de conhecer as regras e aprender a respeitá-las. Não antes de amadurecer, ter consciência e ser uma pessoa confiável. (...)

O que se vê nas ruas é um espectáculo incompreensível de imprudência e loucura.”

(Lya Luft, escritora, poetisa e tradutora gaúcha. Fonte: revista Veja, edição de 14 de janeiro de 2009)



Confesso que o trânsito é um dos maiores motivos de irritação para mim. Simplesmente abomino o comportamento de, pelo menos, 85% dos motoristas – que oscila entre a imbecilidade e a canalhice.

Se, de um modo geral, as pessoas não sabem conduzir nem carrinhos de supermercado, imagine, então, automóveis...


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Créditos: a excelente caricatura da escritora foi desenhada por J. Bosco [http://jboscocaricaturas.blogspot.com/].

quarta-feira, março 04, 2009

McCartney: love is all he needs

Sei que esta é uma nota típica desses sites de fofoca. Mas não pude resistir...


Já que falei sobre Paul McCartney dois posts abaixo: após um divórcio tumultuado [saiba mais aqui], o ex-Beatle, a exemplo do que cantou em “Gratitude” (do CD Memory Almost Full), mostra que, de fato, não deseja “trancar o coração”. Recentemente, McCartney assumiu o seu relacionamento com a americana Nancy Shevell [no detalhe, em singela foto praiana].

Vice-presidente da empresa de transportes criada pelo pai (avaliada em cerca de R$ 850 milhões), a também divorciada Shevell conta com a aprovação dos filhos de Macca – ao contrário da antecessora Heather Mills.

Embora mantendo a fleuma britânica, Paul não escondeu o entusiasmo:

- Sou um homem que precisa de romance. Adoro estar apaixonado.

(Bem, ele só não pode levar outra rasteira...)

‘Enjoy The Silence’

Tenho a ligeira impressão de que o meu modesto-porém-fidelíssimo... er, séquito (cof, cof) de leitores já deve ter se habituado com os eventuais períodos de silêncio do blog.

A explicação é a mesma de sempre: este vosso amigo tem uma vida (agitada) fora destas, futebolisticamente falando, quatro linhas. Com isso, sempre acaba faltando tempo para alguma coisa...

De qualquer forma, aceitem as minhas mais sinceras desculpas.


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Momento nostalgia: já que citei a canção de Depeche Mode no título deste post, nada mais apropriado do que... postar aqui o vídeo, claro.

Embora encharcada de sintetizadores tipicamente oitentistas (mesmo tendo sido lançada em 1990, no álbum Violator), confesso que gosto de “Enjoy The Silence” até os dias de hoje.

A letra, por sinal, também é muito interessante (confira a tradução aqui).