segunda-feira, setembro 28, 2009

André Dias: zagueiro ‘de time grande’...

Na semana passada, o zagueiro André Dias, do São Paulo, fez duras críticas ao Flamengo [leia a matéria aqui]:

- Foi a pior experiência da minha carreira. Estava em um clube que queria se mostrar grande, mas que, na verdade, não é. É um clube que não tem estrutura alguma. De campo, de tudo. Não tem nem comparação com o São Paulo. Sofri muito nessa época.

André jogou no Flamengo entre 2002 e 2003 – quando atendia pelo apelido de André Paraná. Além de ter amargado três meses sem salário na Gávea, o zagueiro não caiu nas graças da nação rubro-negra.

Apesar da deselegância, as palavras do atleta têm algum fundamento: considerando o tamanho de sua torcida, o Flamengo realmente poderia ter uma estrutura muito melhor...


***


Entretanto, André Dias provavelmente não é o jogador indicado para tecer tais críticas. Ontem, por exemplo, na partida entre São Paulo e Corinthians, André fez um desastroso recuo para o goleiro Bosco, que acabou resultando no gol de Ronaldo Fenômeno*.

Veja o vídeo abaixo e diga se isso é uma jogada digna de um zagueiro “de time grande”. Ou de peladeiro de fim-de-semana...





* Cá para nós: esse Ronaldo é muito sortudo...

segunda-feira, setembro 21, 2009

Da série ‘Parcerias’: Roberto & Erasmo nos últimos dez anos


O luto guardado por Roberto Carlos pela morte de sua esposa, Maria Rita, fez com que a sua parceria com Erasmo Carlos sofresse uma vertiginosa queda de produção na última década. Nos únicos três álbuns de estúdio que o Rei lançou em dez anos – os demais foram discos ao vivo ou projetos especiais, como Duetos (2006) –, há apenas cinco (!) parcerias inéditas com seu amigo de fé, irmão camarada.

O motivo: abalado, RC preferiu compor solitariamente durante esse período.

Na compilação 30 Grandes Sucessos, lançada em dezembro de 1999 – quando o estado de saúde de Maria Rita se agravou, e Roberto não teve condições de gravar um novo trabalho –, a única música nova era “Todas as Nossas Senhoras”, composta com Erasmo.

No CD Amor sem Limite, de 2000, o primeiro após o desaparecimento de Maria Rita, a única parceria inédita da dupla foi a bela “Tu És a Verdade, Jesus”. As outras duas canções que levavam a assinatura dos parceiros - “Mulher Pequena” e “Quando Digo que te Amo” - foram originalmente lançadas em 1993 e 1996, respectivamente.

Pra Sempre, que chegou às prateleiras em 2003, trazia somente duas faixas novas escritas por Roberto e Erasmo: a questionadora “Seres Humanos” e o bem-humorado blues “O Cadillac”.

No disco epônimo de 2005, a única inédita de RC com o Tremendão foi “Arrasta uma Cadeira”, gravada na companhia de Chitãozinho & Xororó. As demais – “Promessa” e “A Volta” – eram, na verdade, canções antigas que jamais tiveram registro na voz do Rei até então, além de “O Baile da Fazenda”, originalmente lançada em 1998.

Já nos discos de carreira que Erasmo Carlos editou desde 1999 – Pra Falar de Amor (2001), Santa Música (2004) e Rock ‘N’Roll (2009) – não há nenhuma parceria inédita da dupla. Pra Falar de Amor trazia a assinatura da dupla na boa “Qualquer Jeito”, versão de “It Should Have Been Easy”. Mas a faixa foi presenteada em 1987 à cantora Kátia, “afilhada” artística de Roberto e Erasmo. E obteve razoável execução radiofônica na ocasião.

Entretanto, os autores de “É Preciso Saber Viver” já confirmaram que existem quatro novas canções da dupla para o próximo CD de estúdio de Roberto, cujo lançamento está previsto para 2010.

‘A Mulher que Eu Amo’: a música nova de Roberto Carlos


Roberto Carlos [foto] cedeu uma música inédita – a primeira em quatro anos – para a trilha sonora da nova novela das oito, Viver a Vida. Chama-se “A Mulher que Eu Amo”, e será o tema da personagem principal, Helena, interpretada por Taís Araújo.

Outras faixas do cantor já fizeram parte de trilhas de novelas, como “Tanta Solidão” (Tropicaliente, 1994), “Índia” (Alma Gêmea, 2005) e “A Volta” (América, também de 2005). Mas nunca uma inédita.

Na canção, que compôs sozinho, RC volta a falar do amor eterno, a exemplo de suas composições ao longo dos últimos dez anos. E apesar dos versos otimistas (“E, com ela, eu acredito na felicidade”), emana uma tristeza... profunda.

E certamente não foi por acaso.

Com um arranjo intimista – basicamente piano e cordas –, evoca um tom camerístico que remete imediatamente a... Antônio Carlos Jobim. Talvez o trabalho em colaboração com Caetano em torno da obra do Maestro Soberano tenha inspirado Roberto nesse sentido...

A Mulher que Eu Amo” é, sem dúvida, uma faixa... forte. E que, cantada ao vivo, será ouvida pela plateia no mais respeitoso silêncio. E provavelmente será incluída como bônus do CD com o show de 50 anos de carreira, realizado no Maracanã, a ser lançado no Natal.

Post-sciptum em 23/10/2009: a faixa pode ser comprada através da internet. Mais detalhes no hot site www.amulherqueeuamo.com.br. É pela primeira vez que o Rei disponibiliza uma obra sua para venda on line.



Ouça “A Mulher que Eu Amo:




E confira também a letra, na íntegra:


A Mulher que Eu Amo
(Roberto Carlos)


A mulher que eu amo tem a pele morena
É bonita, é pequena
E me ama também.
A mulher que eu amo tem tudo que eu quero
E até mais do que espero
Encontrar em alguém.

A mulher que eu amo tem um lindo sorriso.
É tudo que eu preciso para minha alegria.
A mulher que eu amo tem nos olhos a calma,
Ilumina minh'alma,
É o sol do meu dia.

Tem a luz das estrelas
E a beleza da flor.
Ela é minha vida.
Ela é o meu amor.

Seu amor é para mim o que há de mais lindo.
Se ela está sorrindo, eu sorrio também.
Tudo dela é bonito, tudo nela é verdade.
E, com ela, eu acredito na felicidade.

A mulher que eu amo enfeita minha vida
Meu sonhos realiza,
Me faz tão bem.

Seu amor é para mim o que há de mais lindo
Se ela está sorrindo, eu sorrio também
Tudo nela é bonito, tudo nela é verdade.
E com ela eu acredito na felicidade.

‘A Mulher que Eu Amo’: a música nova de Roberto Carlos (2)

Como autorreferência – ou reafirmação da ideia –, Roberto Carlos repetiu em “A Mulher que Eu Amo” dois versos (“Ela é minha vida / ela é o meu amor”) que já apareciam no refrão da bela, porém pouco conhecida, “Todo Mundo me Pergunta”, lançada originalmente no CD Pra Sempre, de 2003.

Confira*:




* Desculpe, pessoal. Não encontrei outro vídeo dessa música...

Roberto Carlos mostra a música ‘Jantar à Luz de Velas’

D'après Cissa Guimarães: direto do Túnel do Tempo. Em reportagem exibida no Fantástico no dia 02 de setembro de 1979, Roberto Carlos mostrou, ao violão, um trecho da canção então intitulada “Jantar à Luz de Velas”.

Bem-humorado, o Rei contou que tratava-se de “uma continuação de ‘Café da Manhã’.”

A faixa acabou sendo lançada no álbum epônimo que Roberto editou em 1980, com o título alterado para “O Gosto de Tudo”.

Adriano: ‘golaço’

Após maltratar as retinas de vocês, ilustres amantes do futebol que frequentam esse mui humilde espaço, com o inacreditável lance de Ruy Cabeção, lateral do Fluminense, eis que agora trago a “água boricada”: o golaço de Adriano, o segundo do Flamengo na vitória de 3 a 0 sobre o Coritiba, ontem, no Maracanã.

Decididamente, o cara está determinado a disputar a Copa do Mundo...

Flu: à beira do abismo

Depois da humilhante goleada de 5 a 1 sofrida diante do Grêmio, ontem, em Porto Alegre, a situação do Fluminense no Campeonato Brasileiro, que já era delicada, tornou-se desesperadora.

Antes um pesadelo, a Série B torna-se, pouco a pouco, uma dolorosa realidade para o clube das Laranjeiras.

E o torcedor do Flamengo, impiedoso, não hesita em chutar o rival moribundo...




quarta-feira, setembro 16, 2009

‘Memória de Minhas Putas Tristes’, de Gabriel García Márquez


Com “apenas” quatro anos de atraso, finalizei a leitura de Memória de Minhas Putas Tristes.


Escrito de maneira magistral pelo colombiano Gabriel García Márquez – prêmio Nobel de Literatura em 1982 –, o romance narra a estória um velho jornalista, que, no seu aniversário de noventa anos, decide se “presentear” de modo inusitado: passar uma noite como uma ninfeta... virgem.

E o resultado disto é uma história de amor igualmente inusitada, que acaba demolindo antigos conceitos do personagem central da obra – um solitário convicto, que jamais havia se apaixonado em sua longa vida.

Ao contrário do que o título pode sugerir, Memória de Minhas Putas Tristes, não é relato lascivo. Pelo contrário: é pura poesia.

Antes de ser uma profunda reflexão sobre a velhice, o livro é uma ode à vida e ao amor – visto que ambos estão irremediavelmente entrelaçados.

Recomendo.

Ruy Cabeção: ‘cracaço’

Já ia me esquecendo: na partida de domingo entre os desesperados Botafogo e Fluminense, Ruy Cabeção protagonizou uma jogada simplesmente... vergonhosa.

Marcado por um adversário, o lateral Tricolor tentou fazer umas “embaixadas” e, sem o menor controle de bola... acabou cedendo o escanteio (!).

Veja o lance bisonho em 01:25 do video abaixo – que apresenta outros lances igualmente constrangedores...

Vasco: nem tudo é perfeito...

Por falar em futebol: os vascaínos não têm do que reclamar. A Rede Globo tem transmitido praticamente todas as partidas do Vasco da Gama realizadas aos sábados.

Acredito que nunca na vida os torcedores cruzmaltinos assistiram a tantos jogos de seu clube na TV.

Pena que é na Série B...

terça-feira, setembro 15, 2009

R.I.P. Patrick Swayze

Após uma batalha de quase dois anos contra um câncer no pâncreas, o ator Patrick Swayze [foto] morreu ontem, nos EUA, aos 57 anos.

Swayze tornou-se mundialmente famoso ao protagonizar Ghost – do Outro Lado da Vida – filme que possivelmente todos já assistiram, visto que a Sessão da Tarde já o reprisou centenas de vezes... – ao lado de Demi Moore, em 1990.

***

O que talvez nem todos se lembrem é que Patrick Swayze já se arriscou como cantor. E até que se deu bem.

A balada “She's Like The Wind”, composta pelo próprio Swayze, obteve boa execução radiofônica nas FMs durante o ano de 1988.

A faixa integrava a trilha sonora do filme Dirty Dancing (1987), também estrelado pelo artista.



Ouça “She's Like The Wind:

segunda-feira, setembro 14, 2009

Petkovic e Adriano: calando os incrédulos


Quando regressaram ao Flamengo este ano, Petkovic e Adriano [foto] foram alvo de contestação – especialmente o primeiro. Até mesmo aqui no blog – saiba mais clicando aqui e aqui.

Então com 36 anos – completou 37 na semana passada –, Petkovic, foi contratado apenas para amortizar uma dívida que o clube tinha para com ele. E, segundo este que vos tecla, poderia “ficar sentado no meio-de-campo, como um privilegiado espectador da partida, se apresentando apenas para cobrar faltas na entrada da área”.

Adriano, com um histórico recente de problemas disciplinares na Internazionale de Milão e no São Paulo – onde esteve, por empréstimo, durante seis meses – encontraria na Gávea um “paraíso”, considerando uma certa... er, condescendência da parte da Diretoria rubro-negra. E, nos primeiros meses, com eventuais faltas a treinamentos – relembre aqui –, tudo parecia indicar para isso.

Mas eis que os prognósticos estavam equivocados. Petkovic, apesar da “idade provecta”, demonstra estar em excelente forma, correndo o campo inteiro, ajudando na marcação e até (pasmem) dando “carrinhos” (!). Tudo isso aliado à técnica diferenciada do apoiador sérvio.

Adriano voltou a fazer jus ao apelido de Imperador. Está jogando simplesmente o fino. Na partida de anteontem, contra o Sport Recife, no Maracanã, marcou dois gols – sendo o primeiro, um golaço. E teve, pelo menos, mais três oportunidades claras de gol.

Tornou-se um dos artilheiros do Campeonato Brasileiro, com 12 gols. E, não por acaso, voltou à Seleção Brasileira, sendo um nome quase certo na Copa do Mundo da África do Sul.

Decididamente, Petkovic e Adriano calaram os incrédulos. Inclusive este vosso amigo.

Flamengo: bonecos dos craques do passado e do presente

O Flamengo tem um projeto de criar 22 bonecos – ou seja, dois times completos –, homenageando craques do presente e do passado.

Com isso, uniria o útil ao agradável: além de preservar a memória de jogadores que fizeram história com a camisa do clube, conseguiria angariar fundos para finalizar as obras do Centro de Treinamento Ninho do Urubu.

As negociações com os atletas que se “transformarão” em bonecos já iniciaram. Do glorioso time campeão do mundo em 1981, vários nomes já estão confirmados: Leandro, Júnior, Andrade, Raul, Adílio, Mozer e Nunes. Além de Zico*, obviamente.

Dos jogadores atuais, Petkovic foi consultado e simpatizou com a ideia. Veja, no detalhe, a provável miniatura de Adriano.

De acordo com o cronograma do Departamento de Marketing do Flamengo, os “minicraques” estariam nas lojas antes do Natal. E cada um custaria, no máximo, R$ 20,00.


* Ah, o do Zico até eu vou querer...

domingo, setembro 13, 2009

Seu Jorge: críticas ao Rio de Janeiro


Lançando o seu novo audiovisual, América Brasil, o DVD, Seu Jorge [foto] concedeu entrevista publicada na última sexta-feira, 11, no Segundo Caderno, d'O Globo. E, morando atualmente em São Paulo, voltou a tecer críticas à cidade do Rio de Janeiro.

— São Paulo me educou. O Rio não te convida à disciplina. Andar de bermuda, sem camisa, chinelo... No Rio, o pouco que eu tinha era bom. A cidade me inspira a pegar o violão, não a fazer um CNPJ — graceja.

E prossegue:

— Viu o Obina [ex-atacante do Flamengo, atualmente no Palmeiras]? Emagreceu, voltou a marcar... A prova taí!

Provavelmente Seu Jorge não é a pessoa mais indicada para fazer esse tipo de comentário, visto que sua música, assumidamente, emula a malandragem carioca da escola de Jorge Ben Jor. E o ex-Farofa Carioca nem carioca é, na verdade – nasceu na Baixada Fluminense.

Mas o que o cantor diz faz sentido. São Paulo é a “ponta” industrial desse país. Entretanto, o Rio de Janeiro possui belezas naturais que Sampa, com todo o respeito, sequer sonha. Só que o “despojamento” do carioca transformou-se, há muito tempo, em esculhambação. As pessoas querem é estar “à vontade”. E a elegância... já era.

Na fila da votação do segundo turno das eleições municipais do ano passado, um sujeito que estava na minha frente trajava bermuda e sandálias Havaianas. Deprimente. Custava vestir um jeans e calçar um tênis pelo menos um dia no ano, infeliz?

A questão da “disciplina”, então, é um capítulo à parte... Embora não se possa generalizar, a população, em sua maioria, não está nem um pouco preocupada em respeitar as leis. E muito menos o próximo. Aqui, ser “íntegro” e “educado” não tem a mínima graça. O cara tem que ser é “malandro” – na pior acepção da palavra. Avançar o sinal vermelho. Ultrapassar em faixa contínua. Fechar o cruzamento. Furar fila.

Sendo assim, tenho que dar a mão à palmatória. E reconhecer que, dessa vez, Seu Jorge não falou bobagem...


***


Ah, sim: antes que algum bairrista de plantão se sinta ofendido e venha dar piti – o que me dará a clara impressão de compactuar com toda essa balbúrdia que aí está –, informo que sou carioca de pai e mãe. E, como tal, acalento o sonho de que esta cidade um dia venha a dar certo.

terça-feira, setembro 01, 2009

Noel Gallagher joga a toalha: será o fim do Oasis?

Ficou parecendo uma espécie de... er, presságio: dois meses após a resenha que escrevi sobre o CD solo de Noel Gallagher [foto], The Dreams We Have As Children*, eis que o líder do Oasis, após uma briga feia com seu irmão Liam, abandonou o grupo.

Em nota publicada no site oficial da banda, Noel explica:

– É com alguma tristeza e grande alívio que digo a vocês que deixo o Oasis hoje à noite. As pessoas vão escrever e dizer o que elas quiserem, mas simplesmente não posso continuar trabalhando com Liam nem mais um dia.

O imbrólio aconteceu minutos antes do show a ser realizado no festival Rock in Seine, nos arredores de Paris. Noel pediu desculpas aos fãs pelo cancelamento da apresentação.

O Oasis se encontrava na turnê que promovia o disco mais recente da banda, Dig Out Your Soul. Ainda que o Noel fosse o principal compositor do grupo – autor de sucessos como “Don't Look Back In Anger”, “Wonderwall” e muitas outras –, a imprensa britânica afirma que o Oasis prosseguirá suas atividades. Mesmo sem ele.

Não é primeira vez que ocorre um conflito dessas proporções: em 2000, após uma briga com Liam, Noel também abandonou a banda no meio de uma turnê europeia.

Aguardemos os próximos capítulos...


* Na matéria de questão, coincidentemente, dou a minha modesta opinião sobre a (provável) carreira solo de Noel Gallagher. E sobre o seu irmão, Liam...

Vanusa: gafe

No último domingo, 30 de agosto, caiu na internet um vídeo de Vanusa protagonizando um espetáculo bizarro.

Convidada para cantar o Hino Nacional em março deste ano em uma solenidade realizada na Assembléia Legislativa de São Paulo, a cantora, aparentando desorientação, errou a letra e o ritmo do Hino – mesmo tendo um papel impresso à sua frente. O que provocou indisfarcável mal-estar entre os presentes.

Em entrevista, a intérprete da bela “Manhãs de Setembro” atribuiu o seu torpor aos medicamentos para labirintite.


Veja o vídeo da gafe: